Anos atrás (2018, acho) um colega professor me convidou para uma palestra na escola em que eu fiz o ensino médio (entre 93 e 95). Fui, foi bacana. Dias depois, sonhei que eu era convidado a lecionar lá. Mas, no dia em que chegava, a coordenadora do meu tempo de estudante aparecia e dizia que eu tinha que cumprir uma DP (!) de Inglês (!!) do 2º ano (!!!).
Depois disso, várias vezes sonhei que voltava lá para dar aula (mas a parte da DP foi só na primeira vez, tão marcante que nunca mais esqueci)
Sempre que sonho algo e que envolva em algum momento a “minha casa”, é uma um apartamento em específico que morei por uns 5 anos, e não lembro de nada chocante acontecer enquanto morava lá (a adolescência talvez, ela é chocante por si só). Então todo sonho que envolva casa, lugar, mesmo que esse não seja o foco, é sempre esse mesmo apartamento que aparece nos sonhos. Me pergunto o motivo…
Por muito tempo eu sonhava que morava num lugar esquisito, sujo, meio escuro. Tinha uma praça, meio redonda entre as casas e eu falava outro idioma.
Um dia, andando pelas ruas de Delhi, comprei um anel, mas não cabia no meu dedo. O vendedor foi me levar num moço que mexia com prata e ia abrir o anel pra mim. Nessa caminhada maluca, fui parar no lugar que eu sonhei por muito tempo. Fiquei paralisada. Chocada. E nunca mais sonhei com esse lugar.
Gente. Que história mais bonita. É um microconto perfeito. Ou um poema. Um beijo e obrigada por me contar seu sonho repetido e os desdobramentos misteriosos dele.
te lendo lembrei de uma carta da hannah arendt onde ela diz que é “uma boêmia, que não tem raízes em nada que possa chamar seu, e por isso tem que levar consigo o seu ambiente onde quer que vá, ou antes, tem que produzi-lo sempre de novo”. eu, sendo fortalezense como você e que sempre quis sair de lá, e saí, também sinto um pouco isso.
acho muito curiosos esses sonhos recorrentes. quase nunca sei o que eles querem dizer e, assim como vêm do nada, do nada se vão.
sim, se vc enveredar pelo caminho da psicanálise vc `as vezes até descobre o motivo.
Anos atrás (2018, acho) um colega professor me convidou para uma palestra na escola em que eu fiz o ensino médio (entre 93 e 95). Fui, foi bacana. Dias depois, sonhei que eu era convidado a lecionar lá. Mas, no dia em que chegava, a coordenadora do meu tempo de estudante aparecia e dizia que eu tinha que cumprir uma DP (!) de Inglês (!!) do 2º ano (!!!).
Depois disso, várias vezes sonhei que voltava lá para dar aula (mas a parte da DP foi só na primeira vez, tão marcante que nunca mais esqueci)
é muito angustiante e comum esse sonho de ter que voltar para a escola em dívida, não é?
Sim! Contei certa vez no Twitter e muita gente fez relatos semelhantes.
Deve existir um monte de tese sobre isso.
Sempre que sonho algo e que envolva em algum momento a “minha casa”, é uma um apartamento em específico que morei por uns 5 anos, e não lembro de nada chocante acontecer enquanto morava lá (a adolescência talvez, ela é chocante por si só). Então todo sonho que envolva casa, lugar, mesmo que esse não seja o foco, é sempre esse mesmo apartamento que aparece nos sonhos. Me pergunto o motivo…
todo mundo tem um "lugar repetido" nos sonhos, né? mistérios da psique.
Por muito tempo eu sonhava que morava num lugar esquisito, sujo, meio escuro. Tinha uma praça, meio redonda entre as casas e eu falava outro idioma.
Um dia, andando pelas ruas de Delhi, comprei um anel, mas não cabia no meu dedo. O vendedor foi me levar num moço que mexia com prata e ia abrir o anel pra mim. Nessa caminhada maluca, fui parar no lugar que eu sonhei por muito tempo. Fiquei paralisada. Chocada. E nunca mais sonhei com esse lugar.
Gente. Que história mais bonita. É um microconto perfeito. Ou um poema. Um beijo e obrigada por me contar seu sonho repetido e os desdobramentos misteriosos dele.
te lendo lembrei de uma carta da hannah arendt onde ela diz que é “uma boêmia, que não tem raízes em nada que possa chamar seu, e por isso tem que levar consigo o seu ambiente onde quer que vá, ou antes, tem que produzi-lo sempre de novo”. eu, sendo fortalezense como você e que sempre quis sair de lá, e saí, também sinto um pouco isso.
Tão bom saber que outra pessoa sente especificamente o que a gente sente. Até a Hannah tinha sua mochilinha.